Todos nós nascidos em Santa Rita, sabemos quem foi Zequinha de Abreu. Um compositor brasileiro de chorinhos, com nome internacionalmente conhecido etc. Alguns detalhes de sua vida foram publicados em livros ou distorcidos no cinema. Fonte confiável mesmo seria alguém que conviveu com ele, que reteve na memória as figuras suaves de alguém querido e presente.
A MISSÃO
O então sonho maluco, devaneio chamado CAZA – Centro Alternativo Zequinha de Abreu, povoava a minha mente e de Cleber Octaviano, desde meados de fevereiro de 2008. Planos, projetos e idéias foram colocados no papel compulsivamente. E sempre embarramos em um entrava fundamental: O dinheiro. Alias, é possível fazer algo sem dinheiro? Não, não é, sabemos. No entanto, este entrave não foi o bastante para realizarmos alguns projetos: O Curso de Psicossomática com parceria da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática e o evento cultural Fuzzarca do Abreu.
CAINDO NA REAL
"Vocês não vão conseguir”, “Aonde vocês vão arrumar publico?”, “Santa Rita não tem espaço para essas coisas...” Frases deste tipo ecoavam (e ecoam) a todo o momento. Mas a realidade não nos mostra isso. Santa Rita é um local de grande potencial para tais sonhos malucos e devaneios, visto que falta tudo aqui em termos culturais e de entretenimento e sobram pessoas talentosas.
A VIAGEM
Com o pouco dinheiro que o CAZA lucrou com o evento Fuzzarca fomos a Ribeirão Preto bater um papo com a Dona Leila de Abreu, neta do grande compositor. Foi uma experiência inexplicável. É consenso que, para se fazer alguma coisa no mundo civilizado, precisamos ter calma, colocar a rebeldia de lado e por em prática todo nosso lado político e conciliador. Sim, isto é verdade. Mas conversar com Dona Leila foi uma experiência para recolocar em meu coração, a velha e boa rebeldia e, de fato, reiniciar um processo de revolta para com as coisas, processos políticos e pessoas de má vontade que reinam nas máquinas públicas do Brasil. Conversamos horas sobre política, politicagem, chorinho e revoltas com causa, e - depois de saborear uma deliciosa água gelada – pedimos à Dona Leila que autorizasse o uso do nome de seu avô (o Zequinha) para fazer parte do nome do nosso Centro (CAZA). Com a autorização concedida, Dona Leila nos deu uma passagem aérea sem volta rumo às descobertas infinitas da produção, conservação e divulgação cultural. Tenhamos então uma boa viagem!